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O PAPO

A Amazônia consumida por fogo e garimpo vista do alto.

A DW Brasil acompanhou um sobrevoo na região do Tapajós, no Pará, onde queimadas e garimpo devastam a Floresta Amazônica e contaminam indígenas. Tendência é que cenário piore por conta das eleições, aponta pesquisador.

É a primeira vez que Auricélia Fonseca Arapium verá do alto a terra onde nasceu e teve seus quatro filhos, no baixo Tapajós, oeste do estado do Pará. Serão seis horas de sobrevoo nesta região onde o rio se encontra com as águas do Amazonas e corta unidades de conservação criadas para manter intactas grandes porções da Floresta Amazônica.


Nesta manhã, no fim de agosto, uma espécie de nevoeiro causado pela fumaça das queimadas se cruza com o trajeto do avião. Os focos de incêndio estão por toda parte e foram, em quase 100% dos casos, iniciados por quem desmatou a área.


Alguns dos pontos avistados por Auricélia, que coordena o Conselho Indígena Tapajós Arapiuns (Cita), estavam sendo arrasados pelo fogo há mais de uma semana. Embora todos tivessem sido identificados pelo sistema de alerta de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), não havia qualquer sinal de combate às chamas em campo. Nesta época de seca na Amazônia, que se estende até outubro, o fogo deve se alastrar para além dos restos da mata derrubada e acabar com árvores saudáveis.


Não é só a imagem das grandes clareiras no meio da floresta que faz os olhos de Auricélia se encherem de lágrimas. À medida que o avião se distancia de Santarém, de onde decolou, os grandes buracos de tom marrom que surgem no horizonte provocam comoção. São garimpos abertos com máquinas pesadas, que mais parecem grandes estradas forjadas sobre o verde.



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