Projeto Bruno Vieira futuro jornalista
- O PAPO
- 21 de jan. de 2021
- 2 min de leitura
Nestor Forster diz que Biden terá de ‘entender os avanços da sociedade brasileira’

O embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Nestor Forster, ao comentar as expectativas para a relação entre os dois países na gestão Joe Biden, disse que o novo presidente norte-americano terá o "desafio" de entender mudanças na sociedade e no governo brasileiro nos últimos anos.
Biden toma posse nesta quarta-feira (20), em cerimônia em Washington. Forster lembrou que o novo presidente, quando foi vice de Barack Obama, fez visitas oficiais ao Brasil e tem conhecimento sobre o país.
"Ele tem experiência de ter vindo ao Brasil, de ter tido interação com a sociedade brasileira e, assim como membros da administração dele, que foram indicados até agora, tem uma certa familiaridade com a temática latino-americana e brasileira, que pode nos ajudar. É claro que o Brasil mudou, não é o mesmo de 2012, 2014 e 2015, e esse vai ser o desafio do lado americano, de entender os avanços, as mudanças da sociedade brasileira nesses anos", disse Forster.
O embaixador ressaltou que também o Brasil terá a necessidade de compreender as mudanças na sociedade norte-americana que levaram Biden ao poder.
"É claro que o Brasil não é mais hoje, em 2021, o mesmo Brasil que era em 2013, 14 e 15, quando o então vice-presidente Biden esteve nos visitando, então será um desafio para o governo Biden perceber essas mudanças que houve na nossa sociedade, no panorama e no governo brasileiro, assim como nós temos o desafio agora de procurar entender o que está mudando nos Estados Unidos com o novo governo Biden", completou.
Forster comentou ainda o fato de Bolsonaro não ter cumprimentado Biden pela vitória nas eleições assim que as apurações nos estados norte-americanos apontaram o resultado. A maioria dos líderes mundiais cumprimentou Biden na ocasião, mas Bolsonaro esperou semanas, até a oficialização pelo colégio eleitoral. Bolsonaro é aliado político do candidato derrotado, Donald Trump, que tentava a reeleição.
De acordo com o embaixador, o presidente brasileiro esperou a "poeira baixar" para cumprimentar Biden. Trump não aceitou a derrota e acusava, sem provas, o processo eleitoral de ter sido fraudulento.
"A decisão pelo reconhecimento, não. Reconhecimento não é a palavra certa. Sobre cumprimentar, é uma decisão que compete exclusivamente ao presidente da República, nos termos da própria Constituição Federal, no artigo 84. de que se compete privativamente ao presidente da República celebrar relações externas. O presidente tomou a decisão. É esperar baixar a poeira e cumprimentar o presidente eleito depois da decisão dos colégios eleitorais estaduais do dia 14 de dezembro. Outros chefes de Estado tomaram o mesmo rumo, não creio que isso tenha… Esta repercussão toda na imprensa que se quis dar, sobretudo na imprensa brasileira, não vi isso repercutir aqui nos Estados Unidos dessa forma", concluiu o embaixador.
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