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Projeto Bruno Vieira futuro jornalista

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    O PAPO
  • 24 de mai. de 2021
  • 4 min de leitura

Como a fome deixa 19 milhões de brasileiros mais vulneráveis à Covid-19: 'Não há sistema imune que resista'

Além de comer, é preciso comer de modo nutritivo, explicam médicos; entenda os caminhos dos nutrientes no nosso corpo até alimentarem tanto células quanto bactérias benéficas à nossa saúde, ajudando na reposta imune do organismo. Por BBC G1


A fome, que crescia no Brasil na última década, acabou se agravando na pandemia — Foto: EPA


"Quem quer que tenha sido o pai de uma doença, a mãe foi uma dieta deficiente", diz o médico Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), em referência a um lema da nutrologia.

A falta de alimentos em quantidade e qualidade nutricional suficientes pode acarretar em crianças danos neurológicos, problemas de saúde mental, queda no rendimento escolar, diabetes, obesidade, hipertensão e maior vulnerabilidade a doenças infecciosas como a Covid-19.


  • JORNAL NACIONAL: Fome e má alimentação na pandemia vão ter impacto nas gerações futuras, dizem pesquisadores


Representantes da iniciativa privada se mobilizam para ajudar quem está passando fome no Brasil

A fome, que crescia no Brasil na última década, acabou se agravando na pandemia. Em 2020, 19 milhões de pessoas viviam em situação de fome no país, segundo o Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da covid-19 no Brasil. Em 2018, eram 10,3 milhões. Ou seja, em dois anos houve um aumento de 27,6% (ou quase 9 milhões de pessoas a mais).



A Unicef (braço da ONU voltado para crianças e adolescentes) afirmou que, no mundo, "6,7 milhões de crianças menores de cinco anos podem sofrer definhamento (baixo peso para a altura) — e, portanto, tornar-se perigosamente subnutridas — em 2020 como resultado do impacto socioeconômico da pandemia de covid-19".

O fechamento das escolas em grande parte do país também levou a interrupções da merenda escolar, fundamental na alimentação de parte dos alunos da rede pública. Sem falar da inflação, que corroeu o poder de compra da população, principalmente de alimentos pela parcela mais pobre.

O impacto é também imunológico. A piora na alimentação de muitos brasileiros na pandemia tem impacto direto, segundo estudos e especialistas, na capacidade do corpo de combater invasores como o Sars-CoV-2. E por muito tempo.

Um estudo recente da Universidade da Califórnia sobre a prevalência de doenças crônicas no Brasil apontou que adultos que passaram fome na infância tinham maior probabilidade de desenvolver diabetes e décadas depois.

A BBC News Brasil explica abaixo o que é a fome e qual foi o impacto dela durante a pandemia no prato e no sistema imunológico de milhões de brasileiros.



O impacto da fome no sistema imunológico



Uma dieta equilibrada é fundamental para o sistema imunológico do corpo humano, embora ela por si só não seja capaz de prevenir doenças infecciosas como a covid-19. O que comemos afeta diretamente seu funcionamento e, por isso, como nos sentimos.

Para entender esses mecanismos, é preciso primeiro entender como a fome física é ativada e inibida. Nosso corpo precisa de energia para funcionar, e sua geração demanda "combustível", no caso os nutrientes: os macro, que são as proteínas, carboidratos e gorduras, e os micro, que incluem vitaminas e minerais.

A ingestão deles é controlada pelo hipotálamo, parte do cérebro localizada atrás dos olhos. Células nervosas presentes ali produzem, ao serem ativadas, a sensação de fome. Isso ocorre por meio de duas proteínas que "causam" a fome. Perto dali há outra região do sistema nervoso capaz de "neutralizar" a fome, por meio de outras duas proteínas.

A grosso modo, esse dois conjuntos de células nervosas estão ligados a sinais como "estou com fome" ou "estou sem fome". A transmissão desses sinais envolve também hormônios que circulam no sangue, principalmente, que podem chegar de várias regiões do corpo que cuidam da ingestão de alimentos e do armazenamento de energia, como o intestino e o pâncreas.


Uma dieta equilibrada é fundamental para o sistema imunológico do corpo humano — Foto: EPA

Mas o que é a fome em si e de onde vêm os "dados" para o cérebro "saber o que fazer"?

Bem, a fome física é a necessidade de comer, que nos leva a sair em busca de alimentos para, portanto, continuarmos vivos. É um sinal fisiológico. Mas também tem a ver com subalimentação e desnutrição, ou melhor, a impossibilidade de se alimentar ou o fato de fazer isso de forma errada. Logo, não se trata apenas de estômago cheio ou vazio, mas também da carga de nutrientes no intestino delgado, por exemplo. Uma pessoa obesa pode estar desnutrida.


Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), explica que o eixo intestino-cérebro é responsável por essa transmissão de mão dupla. A microbiota intestinal, composta principalmente por bactérias que colonizam o corpo logo após o nascimento, produz diversas substâncias que modulam o sistema nervoso central. É dessa relação com o sistema nervoso central que surgem as ordens como "coma mais" ou "coma menos" e a regulação do metabolismo.

O alimento e seus nutrientes entram como combustível necessário para o funcionamento desses processos.



Imagine uma cenoura, vegetal rico em uma substância antioxidante que protege a célula, o carotenoide. Ela é mastigada, segue pelo trato digestório, é digerida no estômago e absorvida no intestino delgado. Depois de uma série de processos de quebra, a cenoura é transformada em macro e micronutrientes, segue pela corrente sanguínea até o fígado, onde é metabolizada por meio de milhares de reações enzimáticas. Depois volta para a corrente sanguínea e, com ajuda do coração, chega ao organismo como um todo.

Um dos destinos são células, que para sobreviver também precisam de energia, que é basicamente a glicose, uma das moléculas resultantes da quebra dos nutrientes da cenoura.

Mas "cada refeição que você ingere, você está alimentando não apenas você, mas milhões e trilhões de bactérias no seu intestino", explica Ribas Filho.


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