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    O PAPO
  • 20 de set. de 2021
  • 3 min de leitura

Apagão no Sudeste não tem relação com a crise hídrica, diz ONS

Operador Nacional do Sistema afirma que Subestação de Rocha Leão desligou totalmente por proteção. Rio e Minas tiveram queda de energia. Para o pesquisador João Teles, da FGV Energia, ‘a observação do ONS faz sentido’.

Por Flávio Fachel, Marcello Victor e Raphael Martins, TV Globo e G1 19/09/2021 12h46 Atualizado há 23 horas

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) informou neste domingo (19) que o apagão que afetou parte da Região Sudeste na noite deste sábado (18) não teve relação com a crise hídrica do país.


Segundo o ONS, às 21h21 de sábado “houve um desligamento total da Subestação de Rocha Leão”. O local, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos fluminense, pertence a Furnas — que já tinha admitido a falha em nota neste domingo.

“As proteções atuaram corretamente para isolamento da falha, causando o desligamento de todos os equipamentos. A equipe técnica de Furnas prontamente iniciou os procedimentos para o restabelecimento do fornecimento”, detalhou Furnas.

O ONS afirmou que entrou em ação a “proteção diferencial de barras do setor de 138 kV”, afetando cidades do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. Às 22h32, o abastecimento estava normalizado.

O ONS avaliará as causas da ocorrência junto aos agentes envolvidos e se foi um problema técnico ou um erro humano.

Para o pesquisador João Teles, da FGV Energia, “a observação do ONS faz sentido”. “Não deve se tratar de escassez de recursos energéticos. Porque o atendimento da carga nesse horário é considerado fora da ponta, ou seja , uma carga média”, pontuou. “E também foi no sábado, que não é dia útil, com uma carga normalmente mais baixa”, emendou.

Luciano Losekann, professor da UFF e pesquisador do Grupo de Economia da Eenergia da UFRJ, concorda. “O horário do apagão não era pico de demanda”, afirmou. “Indica ter sido uma falha localizada, mas a causa do problema podem ser diversos fatores”, ponderou.



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Subestação de Rocha Leão de Furnas, em Rio das Ostras — Foto: Reprodução/Google StreetView



O que é proteção diferencial de barras?


Todas as subestações de energia têm um barramento de entrada — uma espécie de distribuidor de energia para o sistema.

A proteção diferencial de barra existe para proteger a subestação e os equipamentos de curtos-circuitos ou danos afins quando há uma queda repentina de energia nesse distribuidor.

Se a subestação fosse uma casa, a proteção de barra seria o disjuntor geral. A “chave de luz” do painel normalmente desarma quando uma das fases cai ou quando há oscilações grandes nas tomadas.



Mais de uma hora sem luz


Segundo a Energisa, uma das distribuidoras atingidas pela falha, “a ocorrência na Subestação Rocha Leão de Furnas afetou as supridoras Light e Enel, que abastecem as concessões da Energisa de Minas e Nova Friburgo, foi responsável pelas interrupções”.

“A situação que impactou Nova Friburgo e pelo menos 60 municípios da concessão de Minas Gerais teve início às 21h21”, explicou.

No RJ, houve relatos de apagão em 13 cidades das regiões dos Lagos e Serrana. Em MG, pelo menos 62 municípios registraram a queda de energia.

Segundo a Enel, que atende o interior fluminense, “o fornecimento de energia foi normalizado para todos os clientes às 22h32” — ou cerca de uma hora e meia depois do incidente em Rocha Leão.


O problema foi relatado nas seguintes cidades fluminenses:


  1. Araruama

  2. Búzios

  3. Cabo Frio

  4. Iguaba

  5. Macaé

  6. Nova Friburgo

  7. Paraíba do Sul

  8. Rio das Ostras

  9. São Pedro da Aldeia

  10. Saquarema

  11. Teresópolis

  12. Três Rios

  13. Vassouras

 
 
 

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