Projeto Bruno Vieira Futuro Jornalista
- O PAPO
- 24 de set. de 2021
- 3 min de leitura
Movimentos sociais ocupam Bolsa de Valores, em SP, em protesto contra desemprego e inflação
Manifestantes ficaram cerca de uma hora na sede da B3; eles carregavam faixas e cartazes com frases como 'Sua ação financia nossa miséria'.
Por G1

Integrantes do MTST ocupam a Bolsa de Valores de SP durante protesto
Integrantes de movimentos sociais ocuparam nesta quinta-feira (23) a B3, sede da Bolsa de Valores brasileira, na cidade de São Paulo, em protesto contra o desemprego, a inflação e a fome.
De acordo com os manifestantes, o local do ato foi escolhido porque as ações das grandes empresas estavam em alta até meados deste ano, e o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu, mas a expansão foi desigual e deixou de fora especialmente a classe de renda mais baixa. (leia mais abaixo)
O protesto, dentro e em frente à B3, no Centro, durou cerca de duas horas.
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Integrantes do MTST protestaram nesta quinta (23) no prédio da B3, a Bolsa de Valores de SP — Foto: Amanda Perobelli/Reuters

"É inadmissível que quase 100 milhões de brasileiros estejam em situação de fome e insegurança alimentar enquanto os bilionários movimentam R$ 35 bilhões por dia só aqui na bolsa", afirmou Debora Pereira, liderança do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).
MTST invade a Bolsa de Valores na capital paulista — Foto: Vivian Reis/G1
E completou: "Estamos aqui para denunciar o que acontece no país e a política por trás disso. Em um ano, o número de milionários dobrou, enquanto aumentou a miséria. Não é possível que 99% da população empobreça para que 1% enriqueça. Este é um grito que estava engasgado na garganta de quem vai no supermercado".
Os manifestantes cantavam e levavam faixas e cartazes com dizeres como “Sua ação financia nossa miséria”, "Tá tudo caro e a culpa é do Bolsonaro", "Brasil tem 42 novos bilionários enquanto 19 milhões passam fome", "Tem gente ficando rica com a nossa fome".
Alguns dos participantes carregavam ossos bovinos durante o ato. "Até osso que era dado em açougue agora é vendido", falou Debora.
Manifestantes em frente ao prédio da B3, no Centro da cidade de SP — Foto: Vivian Reis/g1
A bolsa está no vermelho desde que a crise política disparou a inflação e demandou alta nos juros. Ela apresenta queda de 5% no ano até esta quinta.
Em nota, a B3 informou que "a manifestação nesta tarde ocorreu de forma pacífica e já foi encerrada, não tendo havido impacto para as operações de mercado".
Movimentos sociais ocuparam prédio da B3, a Bolsa de Valores de SP, em protesto contra o desemprego e a fome — Foto: Vivian Reis/G1
Recordes em meio à crise
Em junho, a B3 bateu recordes e chegou a acumular oito altas consecutivas na maior série de ganhos desde 2018.
O otimismo dos mercados acompanhou uma valorização nas principais bolsas do mundo, influenciadas pelos programas de ajuda dos Estados Unidos e da Europa em meio à pandemia, que despejaram bilhões de dólares na economia global.

Por que a bolsa bate recordes em meio à crise?
Além disso, houve melhora na economia por aqui, com o aumento do ritmo da vacinação e a retomada de atividades suspensas pela pandemia da Covid-19.
O Ibovespa, principal índice da B3, no entanto, não reflete o cenário econômico do país, já que a bolsa tem nas grandes companhias o grande impulso para avançar em pontuação.
Paralelamente ao otimismo dos investidores, pouco mais de 10% da população estava vacinada com as duas doses àquela altura, os pedidos de falência cresceram mais de 50% em maio, e houve queda de 0,1% no consumo das famílias devido à redução do auxílio emergencial, do aumento da inflação e do desemprego em patamar recorde de quase 15 milhões de pessoas sem ocupação.
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