Projeto Bruno Vieira Futuro Jornalista
- O PAPO
- 20 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Positividade para Covid-19 no Brasil está em 57,9%, aponta levantamento com laboratórios.
57,9% dos exames diagnósticos para a Covid-19 realizados no país apontaram presença do coronavírus; a variante ômicron predomina em 98,9% das amostras analisadas.
Por g1

ITPS aponta que mais da metade dos pacientes testados contra a Covid-19 em laboratórios privados tem resposta positiva — Foto: AMANDA PEROBELLI / REUTERS
Mais da metade dos testes para Covid-19 no Brasil deram positivo para o coronavírus, segundo um levantamento publicado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS).
O estudo revelou que 57,9% dos exames diagnósticos realizados nos laboratórios nacionais apontou a presença do Sars-Cov-2 – com variante ômicron predominando em 98,9% das amostras analisadas.
Entre os dias 9 e 15 de janeiro, os pesquisadores analisaram mais de mais de 4,5 mil amostras coletadas pelos laboratórios privados DB Molecular, Dasa e CDL.
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Segundo o instituto, a positividade – como é chamada a taxa de resultados positivos em relação aos testes feitos – saltou de 39,5%, na primeira semana do ano, para 57,9% da semana passada.
Em dezembro de 2021, pouco menos de 5% dos testes realizados nos laboratórios particulares brasileiros davam positivo para o coronavírus.
Dominância da ômicron
Na semana passada, o levantamento do ITpS já apontava uma forte dominância da variante ômicron entre as amostras analisadas.
A cepa altamente transmissível avançou rapidamente pelo país desde meados de dezembro de 2021, veja abaixo:
9% (em 21 de dezembro)
31,7% (em 29 de dezembro)
92,6% (em 6 de janeiro)
98,7% (em 12 de janeiro)
Para detectar a nova variante, os laboratórios utilizaram o teste RT-PCR e não fizeram o sequenciamento genético.
Segundo o instituto, a ômicron possui diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes). Uma deleção em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (na linhagem Ômicron BA.1). Alguns testes RT-PCR falham na detecção da região deletada, e assim é possível detectar a ômicron.
'Parte do problema'
Jorge Kalil, imunologista e diretor-presidente do ITpS, disse em um comunicado que o levantamento do instituto revela apenas uma parte do problema.
"Se o Brasil tivesse uma política de testagem em massa, o número seria ainda maior. Além de testarmos pouco, há falta de testes em razão da alta demanda causada pela Ômicron. O dado nos mostra uma parte do problema", disse o imunologista.
O aumento na positividade também foi sentido pelas farmácias, segundo um levantamento da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) desta quarta que atestou que mais de 40% dos testados estavam contaminados.

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