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Projeto Bruno Vieira Futuro Jornalista

  • Foto do escritor: O PAPO
    O PAPO
  • 4 de fev. de 2022
  • 4 min de leitura

Brasil tem 8 estados e DF com situação crítica nas UTIs, indica Fiocruz

Na semana passada, eram 6 estados e o DF. Pior taxa está em Mato Grosso do Sul, que tem mais de 100% dos leitos ocupados. Entre as capitais, Campo Grande tem a taxa mais alta, também com mais de 100% de ocupação, mas pesquisadores apontam interiorização dos casos.

Por G1


Veja ocupação dos leitos de UTI no país de julho de 2020 a janeiro de 2022


O Brasil registrou, de 24 a 31 de janeiro, 8 estados e o Distrito Federal com ocupação crítica nos leitos de UTI para Covid-19, informou a Fiocruz em boletim divulgado nesta quinta-feira (3). É um novo aumento em relação à semana passada, quando 6 estados, além do DF, estavam nessa situação.

A ocupação crítica significa uma taxa de 80% ou mais dos leitos ocupados. A situação atual é a pior desde a semana que terminou em 21 de junho de 2021, quando 14 estados e o DF estavam nessa situação.

No boletim, a fundação pontuou, entretanto, que o cenário da pandemia não é o mesmo registrado entre março e junho de 2021. Isso porque, mesmo com o acréscimo de leitos que ocorreu na maioria dos estados recentemente (veja detalhes mais abaixo), a disponibilidade atual de leitos intensivos é bem menor.

Em entrevista ao g1, a pesquisadora Margareth Portela, do Observatório Covid-19/Fiocruz, reforçou esse ponto:



"Nossa grande referência sobre ocupações de UTI acaba sendo de março a junho do ano passado. Foi o maior pico. O que vivemos hoje é muito diferente, mas não podemos menosprezar os problemas que podemos ter", alertou.

O que a pesquisadora tem observado é que os estados estão aumentando leitos conforme a demanda. "De uma forma geral, os estados vêm acrescentando 20 leitos, 30 leitos na outra semana. A minha impressão é que os gestores estão gerenciando e respondendo à necessidade", disse.


Taxa de ocupação (%) de leitos de UTI Covid-19 para adultos (boletim de 03/02/22) — Foto: Fiocruz


Situação crítica


A pior taxa de ocupação dos leitos de UTI está em Mato Grosso do Sul, com 103% dos leitos ocupados. Veja a lista dos estados em situação crítica:


  1. Mato Grosso do Sul (103%)

  2. DF (97%)

  3. Goiás (91%)

  4. Pernambuco (88%)

  5. Piauí (87%)

  6. Mato Grosso e Rio Grande do Norte (86%)

  7. Espírito Santo (83%)

  8. Amazonas (80%)




Acréscimo de leitos


Profissionais de saúde trabalham em UTI do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em Maricá (RJ), no dia 26 de janeiro. — Foto: Bruna Prado/AP


A nota da Fiocruz também observa que houve aumento do número de leitos de UTI para síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e/ou Covid-19 em pelo menos 15 UFs.

Na semana de 24 a 31 de janeiro, foram os seguintes aumentos:


  • Alagoas (de 162 para 172, acréscimo de 10 leitos)

  • Acre (de 20 para 30, acréscimo de 10 leitos)

  • Amazonas (de 86 para 109, acréscimo de 23 leitos)

  • Bahia (de 580 para 594, acréscimo de 14 leitos)

  • Ceará (de 328 para 419, acréscimo de 91 leitos)

  • Distrito Federal (de 56 para 78, acréscimo de 22 leitos)

  • Mato Grosso (de 201 para 257, acréscimo de 56 leitos)

  • Mato Grosso do Sul (de 143 para 156, acréscimo de 13 leitos)

  • Minas Gerais (de 2.120 para 2.151, acréscimo de 31 leitos)

  • Pará (de 195 para 212, acréscimo de 17 leitos)

  • Paraná (de 594 para 641, acréscimo de 47 leitos)

  • Pernambuco (de 991 para 1.106, acréscimo de 115 leitos)

  • Piauí (de 151 para 164, acréscimo de 13 leitos)

  • Rio Grande do Norte (de 127 para 149, acréscimo de 22 leitos)

  • Rondônia (de 113 para 125, acréscimo de 12 leitos)


A fundação afirmou não ter tido acesso aos dados de São Paulo e Paraíba.

Em dois estados, por outro lado, houve queda no número de leitos: Espírito Santo (384 para 363, diminuição de 21 leitos) e Santa Catarina (523 para 464, diminuição de 59 leitos). Ambos os estados entraram na zona de alerta (Espírito Santo em nível crítico e Santa Catarina, em nível intermediário).



Alerta intermediário


10 estados ficaram com nível de alerta intermediário (acima de 60% e abaixo de 80%) nas taxas de ocupação dos leitos:


  1. Tocantins (78% de ocupação)

  2. Santa Catarina (76% de ocupação)

  3. Pará e Bahia (74% de ocupação)

  4. São Paulo e Paraná (72% de ocupação)

  5. Amapá e Alagoas (69% de ocupação)

  6. Ceará (67% de ocupação)

  7. Rio de Janeiro (62% de ocupação)


O Amazonas saiu da lista de alerta intermediário para ir para alerta crítico, assim como Mato Grosso. Rondônia e Roraima saíram da zona de alerta.

Amapá, Bahia, Ceará, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins já estavam com alerta intermediário na semana passada. Alagoas e Santa Catarina, que estavam fora da zona de alerta na semana passada, entraram.


Fora da zona de alerta


8 estados ficaram fora da zona de alerta (ocupação abaixo de 60%) na semana de 24 a 31 de janeiro:


  • Maranhão: 59%

  • Rondônia: 58%

  • Acre: 57%

  • Rio Grande do Sul: 54%

  • Roraima: 52%

  • Paraíba: 41%

  • Sergipe e Minas Gerais: 37%


Com exceção de Rondônia e Roraima, todos os outros estados já estavam fora da zona de alerta na semana passada.


Ocupação nas capitais e interiorização


Entre as 25 capitais com taxas de ocupação divulgadas, 13 ficaram na zona de alerta crítico até 31 de janeiro:



  • Campo Grande: 109%

  • Brasília: 97%

  • Rio de Janeiro: 95%

  • Cuiabá: 92%

  • Goiânia: 91%

  • Natal (estimado): 89%

  • Belo Horizonte: 86%

  • Teresina: 83%

  • Macapá: 82%

  • Maceió: 81%

  • Manaus, Fortaleza e Vitória: 80%


Na semana anterior, haviam sido 9 capitais em situação crítica. A Fiocruz apontou para uma tendência de interiorização dos casos provocados pela variante ômicron do coronavírus. Margareth Portela, do Observatório Covid-19 da fundação, caracterizou essa tendência como preocupante.

"É o mesmo ciclo inicial da Covid – primeiro estoura em capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, e vai interiorizando. As capitais seguem com números altos, mas com estabilidade ou caindo", explicou.


"Esse movimento de interiorização preocupa, porque significa que a Covid-19 está avançando e pode avançar para regiões que têm coberturas vacinais mais baixas, pessoas menos protegidas de formas graves. Além disso, são lugares com menos recursos assistenciais", observou Portela.

As outras 9 capitais com dados divulgados estão na zona de alerta intermediário (de 60% a 80% de ocupação):


  1. Porto Velho e Recife (apenas leitos públicos municipais): 77%

  2. São Paulo: 75%

  3. Palmas: 72%

  4. Curitiba: 71%

  5. Rio Branco: 70%

  6. Salvador e Florianópolis: 68%

  7. São Luís: 64%


Boa Vista, João Pessoa e Porto Alegre ficaram fora da zona de alerta (com 52%, 58% e 55% de ocupação, respectivamente).


 
 
 

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