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Projeto Bruno Vieira Futuro Jornalista

  • Foto do escritor: O PAPO
    O PAPO
  • 2 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Mais de 2 bilhões de mulheres têm menos oportunidades e direitos econômicos que homens no mundo.

Relatório do Banco Mundial mostra disparidade em salários, direitos e condições de trabalho em 190 países. Brasil precisa melhorar remuneração, cuidados parentais, pensão e aposentadoria.

Por g1

Falar que as mulheres têm menos direitos e salários mais baixos que os homens não dá a real dimensão da disparidade mundial. Um exemplo de trilhões: ao longo da vida e em todo o mundo, o rendimento esperado das mulheres é de US$ 172 trilhões (R$ 886,8 trilhões) a menos que os homens – valor equivalente a duas vezes o PIB global.


Além deste, são vários os indicadores que mostram como as mulheres ainda estão atrás dos homens quando se trata de direitos:


  • Cerca de 2,4 bilhões de mulheres têm menos oportunidades e direitos econômicos que homens no mundo;

  • 178 países (93,6%) mantêm barreiras legais que impedem a participação econômica plena das mulheres;

  • 95 países (50%) não garantem a remuneração igualitária para trabalhos de igual valor;

  • 86 países (45%) têm restrição ao mercado de trabalho;

  • Apenas 12 países (6,3%) têm condições iguais para homens e mulheres em todas as áreas.



Os dados são do Banco Mundial e estão no relatório Mulheres, Empresas e o Direito 2022 divulgado nesta terça (1). O órgão traduz as condições econômicas em pontos, com pontuação máxima de 100. Destes, as mulheres possuem 76,5 pontos, o que significa que elas têm apenas três quartos dos direitos dos homens.

Apesar dos resultados, alguns países tiveram, em 2021, esforços para melhorar as condições legais das mulheres: 23 deles promoveram reformas nas leis. A maioria estava relacionada a parentalidade (aumento do tempo e melhoria das condições de licenças maternidade e paternidade), remuneração e trabalho (contra restrições à entrada de mulheres em determinados trabalhos, assédio moral, sexual e discriminação de gênero).



"As mulheres não conseguirão conquistar a igualdade no ambiente de trabalho se houver desigualdade dentro de casa. Isso significa nivelar as condições de igualdade e garantir que as mulheres com filhos não sejam excluídas de sua plena participação na economia e possam cumprir suas expectativas e ambições", afirmou Carmen Reinhart, Vice-Presidente Sênior e Economista-chefe do Grupo Banco Mundial, no relatório.

Salários entre homens e mulheres continuam muito desigual na mesma função


E o Brasil?


A região da América Latina e do Caribe teve a terceira maior pontuação no levantamento, com média de 80,4. Entre os 39 países com mais de 90 pontos, que equivalem a maior igualdade entre homens e mulheres, só dois estão na região: nossos vizinhos Peru e Paraguai.


O Brasil tem nota 85 de 100 no índice do Banco Mundial. Estamos no mesmo nível da Venezuela e atrás de outros 11 países da região, incluindo Bolívia, México, Paraguai e República Dominicana. Quando se leva em conta os países do mundo todo, há 60 com pontuações maiores que a nossa.


As áreas em que o país está bem são mobilidade, ambiente de trabalho, casamento e bens. Já as áreas em que ainda temos muito o que melhorar são remuneração, cuidados parentais, empreendedorismo e pensão e aposentadoria.

No Brasil, os direitos das trabalhadoras incluem licença-maternidade de 120 dias (4 meses), tempo para amamentação até que a criança atinja seis meses e dispensa para consultas médicas. Já a licença-paternidade dura só cinco dias e ainda é um desafio no país.

No ano passado, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que a participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou, mas elas seguiram ganhando menos que os homens e ocupando, cada vez menos, cargos gerenciais.


Ao longo do relatório, o país é utilizado como exemplos - positivos e negativos - em alguns aspectos. Entre os pontos positivos, estão o acesso público à abertura de processos e a prioridade de vagas em creches públicas para famílias de baixa renda.


Já o ponto negativo é a informalidade das empreendedoras no país. Há mais mulheres não registradas do que homens quando se trata de negócio próprio.


 
 
 

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