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Projeto Bruno Vieira Futuro Jornalista

  • Foto do escritor: O PAPO
    O PAPO
  • 2 de mai. de 2022
  • 2 min de leitura

Sobreviventes da ocupação de Bucha contam o que passaram na mão de soldados russos: 'Estamos vivos por acaso'.

Cidade ficou mundialmente conhecida depois que imagens de corpos espalhados pelas ruas foram divulgadas. Moradores relatam como testemunharam mortes e ficaram presos por ordem dos invasores.

Por g1

Um militar ucraniano caminha em meio a tanques russos destruídos em Bucha, nos arredores de Kiev, Ucrânia — Foto: Felipe Dana/AP Photo


Quando fecha os olhos, Vitaly Zivotovsky vê prisioneiros com sacos brancos na cabeça como aqueles conduzidos pelas tropas russas sob a mira de armas e com as mãos amarradas.

Sua casa na cidade de Bucha, hoje sinônimo das atrocidades das quais a Ucrânia acusa as forças russas que ocuparam a região em março, tornou-se uma base para alguns soldados de Moscou e uma prisão infernal para ele, sua filha e sua vizinha, cujo marido foi assassinado.


"Tremíamos não por frio, mas de medo, porque podíamos ouvir o que os russos faziam com os prisioneiros", explica Zivotovsky em frente à sua casa, agora incendiada. "Não tínhamos esperança", conta.

Corpos de civis nas ruas de Bucha, na Ucrânia — Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP



A cidade a noroeste de Kiev chamou a atenção internacional pela descoberta de pelo menos 20 corpos em trajes civis achados pela rua.

Para os moradores que sobreviveram, a memória da invasão assombrará para sempre.

"O que você pode sentir? Apenas horror", diz Viktor Shatilo, de 60 anos, que documentou com fotografias a violência da janela de sua garagem. "É um pesadelo", acrescenta.

Antes de as tropas russas capturarem Bucha, poucos dias após o início da invasão, esta era uma cidade pequena, mas em constante expansão, nos arredores de Kiev. Logo se tornou um troféu no caminho para a capital.

Nadiya Trubchaninova, 70, chora enquanto segura a cruz sobre o túmulo de seu filho Vadym, 48, morto por soldados russos em 30 de março de 2022 em Bucha, na Ucrânia. — Foto: Rodrigo Abd/AP



Assim que a guerra começou, um veículo blindado russo invadiu o jardim de Zivotovsky, em 27 de fevereiro, e começou a atirar em um prédio vizinho, incendiando os andares superiores.

Mas foi uma semana depois que as tropas assumiram o controle de sua casa e trancaram ele e sua filha Natalia, de 20 anos, no porão, alertando-os de que seriam mortos se tentassem sair sem permissão.


'Saia, ou atiro uma granada'


Os soldados comiam, dormiam e administravam um hospital de campanha e um centro de operações na casa construída pela família de Zivotovsky, a apenas um minuto a pé da rua Yablunska.

Funcionários exumam corpos de vala comum na cidade de Bucha, na Ucrânia, em 8 de abril de 2022 — Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters


Com o objetivo de salvar sua vida e a de sua filha, o homem de 50 anos se dirigiu aos soldados em russo e falou sobre sua família e sua fé em Deus.

Não demorou muito para que ele visse soldados levando um detido encapuzado para sua casa, uma cena que ele ouviu ou viu em pelo menos sete outras ocasiões, todas seguidas de interrogatórios, espancamentos e gritos.


 
 
 

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